Vivemos dias cinzentos… ou pelo menos com algumas nuvens. Não assinalámos o “Dia Internacional da Felicidade” nem o início da Primavera (20). Provavelmente não plantaremos uma árvore, rodeados de amigos, num jardim da comunidade ou da própria escola. Resta-nos a poesia para apreciar e, quem sabe, deixar divagar a nossa imaginação enquanto brinca com as palavras. Temos de ocupar o tempo e manter-nos em equilíbrio. Temos um vírus para derrotar!
Estamos em casa,
E nela vamos permanecer
Mesmo longe, estamos juntos
Aconteça o que acontecer.
Somos fortes
E tomamos cuidado
Por cada um e por todos nós
Não saímos a nenhum lado
Um dia tudo vai passar
Sabemos que vai acontecer
Então podemos celebrar
Somos felizes a valer!
Nesta pequena tentativa para despertar a veia poética, queremos deixar uma mensagem de esperança.
Seguramente não seria esta a nossa ideia para celebrar dias festivos, mas também nos recusamos a parar!
Hoje não vamos plantar uma árvore no jardim, mas sabemos que, por via da redução ou paragem das atividades e movimentos da população, a poluição diminuiu e todas as que já plantámos vão ter um espaço melhor para crescer.
Hoje a nossa preocupação connosco e com aqueles a quem queremos bem, não nos deixa desfrutar da felicidade plena… mas estamos juntos, a estreitar laços, a descobrir o melhor de nós. Quando tudo passar, vamos deixar-nos encantar; perceber que a verdadeira felicidade é viver. Com desafios, problemas e dias felizes!
Hoje vamos à janela, “inspiramos” e “ouvimos” Primavera e sossegamos o coração. Vamos ter todo o tempo para celebrar!
Por hora, aproveitemos a poesia e, em família, vamos usá-la para brincar, para passar o tempo, para estudar, para criar…
Os nossos Traquinas aceitaram o desafio e deixaram-se levar pelo tema da árvore que (ainda) não plantaram! Que tal experimentar?
Podes chegar e encostar numa árvore
Quando a vida estiver pior
Não interessa o tempo que demore
Acabas por ficar melhor
Se tu ficares mal
Vais ter que resistir
Mesmo que pareça fatal
Não podes desistir
Tomás Santos, 7º ano
Eu não tenho
Uma pereira
Mas o meu nome é
David Oliveira
David Oliveira, 3º ano
Oiço o vento da palmeira,
Todo o dia a cantar
Gosto tanto de a ouvir
A olhar para o luar
Mas não nos esquecemos,
Da vizinha ao lado a resmungar
Sofia Carrapato, 6º ano